Muros.

by Marcos Felipe on domingo, 9 de outubro de 2011


A educação tornou-se a produção em série de aparelhos institucionais.
O rendimento e benefícios do aprendizado estagnou-se nos muros acadêmicos
e seremos na maioria dos relatos tijolos nestes concretos sem emotividade.
O interesse individual ocultou o coletivo e a ação social fixou-se em caprichos.
Na melhor das hipóteses a vida se pré-programará em sentimentos plásticos.
A vicissitude do ego comprou os valores e agora é vendido em puritanismo hipócrita.
O futuro da modernidade se enclausurá no tédio e toda expressão será mecanizada.
Não deram alternativa e a escolha se impõe por chantagem.
Os seguidores dos sonhos serão aqueles alimentados pela pobreza e enobrecidos pela moralidade.
A racionalidade econômica não estipulou o tipo de conforto necessário e materializou
a fé deixando-a sem esperança,e sufocou sua tradicionalidade em grandes erros.
A mal-dita sociedade moderna tentará vender deus e loteara a enorme babilônia.
A liberdade de escolha é seduzida por vantagens particulares banais.
O território e espaço se abarrotou de porcarias tecnológicas e enterrou a vida cobrindo-a
por enormes entulhos de mentiras e escravizando o pensamento em servidão do
tenebroso futuro que modificou o senso e sentido aniquilando a subjetividade.
A resistência virou fetiche e um produto lucrativo do que aquilo mesmo combatem.
Regulamentaram a criação em forma de doutrinamento e não questionou se
seria agradável aos fins necessários e cada um se transformou meramente
em funções generalizantes e retirou as ideias da opção de vida.
A felicidade desejou ser consumada mas procuram consumi-la em caminhos indiferentes a elas.
A cultura deixou de ser o fator principal nesta grande aldeia em troca
de destruidores progressos retrógrados e benefícios mesquinhos e preguiçosos.
A indústria comercializará sua própria arte e encarnará o seu
bem-estar social reacionário e desumano.
A racionalização modernista contempla a irracionalidade em não viver.