Trincheiras.

by Marcos Felipe on quinta-feira, 25 de agosto de 2011


Na lama percorria o guerrilheiro atônito,sem mais saber quem lhe atacava.
No fim lutava pela sobrevivência ou algo que para ele era tudo e no último suspiro não lhe significava mais nada.

Nas praças escutava com atenção,o discurso perfeito do líder da nação,de um desposta sanguinário,um ditador desumanizado ou talvez o romantizado da justiça em razão,carregando o ódio na sua ideologia à derrubar o tirano escravizante da reflexão.

Nas pequenas salas escuras eles tramavam a solução,carregar em armas a provável utopia,sabendo que não conseguiria tomar de assalto a esperança da tal vida,que tendia em distanciar,mas seria um primeiro passo a tratar.

No clamor dos desesperados,a situação oprimida cercava em horror,trazia a expectativa da reformulação revolucionária desestagnada em palavras e exploradas em ação libertadoras.

Na obrigatória servitude à uma pátria que não lhe pertencia,implantada numa história que não eram suas,e serviam como devastadores para as biografias de truculentos senhores,e assim caminhavam na guerra.

Rebeldes,Soldados,Guerrilheiros,Revolucionários,Organizações Armadas,Infelizes Mercenários,Altivos e Corruptos Militares,
nobres,
desprezíveis,
com medalhas e anônimos,
inimigos e aliados,
fruto do lucro ou da revolta,
surpreendente povo heroico em guerra.

Marcos Felipe.



"Numa guerra não se matam milhares de pessoas. Mata-se alguém que adora espaguete, outro que é gay, outro que tem uma namorada. Uma acumulação de pequenas memórias..." Christian Boltanski.



qualquer imagem utilizada no texto é credito ao autor,nesta,desconheço.

Caminhadas

by Marcos Felipe on quarta-feira, 24 de agosto de 2011


Observações distantes,concretas e gratificantes
Heróis comunicáveis,em calmaria e gritantes
Sob bairros ou vielas,das esquinas e nas capelas
Destoando suas notas sobre política e a morte
Cantando e desmitificando,aprendendo e ensinando
Em confusão,apreciamento,desencanto e encanto
Nos ciclos sem rotina,correria,deturpações e agonia.

Lutando ao que desejo,há os que não desejam e os que deixam a desejar
E assim segue sobre cada cortina,palco e simpatia
Alegrando com palavras,arte e desagrado
Feito aqueles em livretos,lidos em onirismo
Reconhecidos sobre o que não são,são e queiram ser
e expandem em abstração,pés nos chão e comprometimento
e assim conversas nunca lançadas foras,sempre recolhidas e apreciadas.

Uns passam e outros chegam,uns se vão e ficam guardados,
Uns esquecem e ressurgem,muitos se renovam e resmungam
Mas nunca são os mesmos,nem os mesmos são o que eram.
Um passo e já transformam,não sendo o que um dia se afirmou
Evoluindo no entendimento,desandando ao que pensaram
Colaborando com novas roupagens daquilo que preservaram
São novos e velhos,desatentos e espertos,em diferentes ritmos.

Aos que se esbarram,sentem e pensam.





qualquer imagem postada é crédito ao autor,nesta,desconheço de quem seja.

by Marcos Felipe on segunda-feira, 15 de agosto de 2011



Minha janela carregada de coesão,reza,vela e oração.

Corrupção,verdades,mentiras,inércia e ação.

As balas vão mais lentas que o desejo de consumo.

Do pequeno assaltante aos empreendedores astutos.

E corre assim e vai solto,atos que enojam e mentirosos,

feito a TV à cuspir besteira invadindo a sala e ditando sua maneira.

A maneira que rege isso tudo.Uns digam sistema outros gritam babilônia,

nas esquinas ninguém lembra de olhar sua ganância.

Sua ganância de ser,sua ganância de estar,nossa ganância.

Todos em progresso,lentamente.

Odisseia.Em constante reveneração.

Incompatibilidade da compreensão.

by Marcos Felipe on domingo, 14 de agosto de 2011


''Jovem drogado é morto a tiros'', assim enganava a manchete do jornal. Aquele pós-doutor em vida sem ter cursado uma universidade, com história desconhecida por aqueles que agora o condenavam sem se atentar pela sua sabedoria, onde um dia lhe mostrou os mistérios de vãs filosofias. Decaído em uma poça de sangue, como um delinquente sem eloquência, com seu passado ignorado e sua razão não refinada.

Tudo lhe abrangia e lhe confortava a mente, as injustiças mundanas jamais o entristeciam e nada lhe exigia desculpa, o jovem sabido das ideias, sem ter repetido nenhuma matéria do viver. Conhecia de Tchaikovsky ao batucar do vizinho, no descer da ladeira arrancava olhares. Sua atitude servil era de todos,com todos aqueles que lhe ensinavam,sendo o mais influente para os menores que lhe admiravam. Uma biografia imensurável, com anotações mil sobre aquilo que cercava e alegrava seus sentidos gnósticos. Seus livros, jamais publicados, pequenos pensamentos na agenda o recusaram de feitos. Conhecia as formas do viver, nas plantas e animais, sabia poções mágicas dos seus subversivos ancestrais. Sua escola era o caminhar e conhecer, a farmácia estava nos livros empoeirados sobre a estante de ferro, uma saúde intacta, diziam. Poucos eram aqueles que lhe compreendiam. A vizinhança por maus julgamentos o reprimia por suas vestes. Um emaranhado cabelo, camisa com tintas misturadas e longas calças de pano, traziam a humildade em sua personalidade. E ele ria dos que não reconhecia seu talento, dizia: ''amigo doutor, primeiro entenda suas ilusões''.Fome não lhe abatia, nobre herói alimentava-se de sua horta caseira. A virtuosa vida lhe entendia perfeitamente, e um lugar no pós-vida que lhe aguardava, estaria refugiado. O seu desapego muitas vezes custava caro, mas assim era feliz. Sem noites de autógrafos ou dias tediosos, a vida o observava, e era ela quem lhe contemplava.

Injustiça sempre indagou do mesmo, e fez uma longa reflexão, enxergou que ali não poderia semear o nefasto desentendimento. Então resolveu, ajudou os que lhe condenavam. Entregou das suas receitas místicas, algo que confortava e os fazia esquecer os seus erros. Logo esqueceram suas drogas, como a TV e o bar da esquina. Muitos donos de instituições ficaram enfurecidos ao perderem bons clientes, por causa daquele futuro indigente. E assim se foi. Umas rápidas negociações foram feitas para interromper o novo ciclo proposto de justiça. A revolução subjetiva virou manipulação em massa quando a informação foi lançada aos ventos, quando se noticiou na mídia,o efeito negativo de tal alterador de consciência. A população foi atacada por falsas informações, todos enfurecidos, pediram a morte daquele que deu redenção. Tinha algo que poucos tinham que era o senso de toda situação,logo a inveja se alastrou, bastou um momento, para retirar sua visão. Ele dobrava a esquina, quando avistou nas suas costas,dois pedestres calmamente andando pela sua sombra imaculada.

Foi um tiro certeiro, sem dó nem piedade, no lado esquerdo do peito. Em agoniante dor e preparação para sua pós-morte ele gritou: ''Tenham pena de si mesmo, malditos traficantes da maldade! ''. Após um suspiro, cerrou seus olhos. Os fotógrafos logo apareceram, revistaram os seus bolsos, e encontraram algo novo, até então desconhecido, por diversão experimentaram. Não conseguiram compreender aqueles novos entendimentos visuais assim denunciaram aos jornais que já aguardavam a morte do rapaz: Acerto de contas entre traficantes. Sua história foi esquecida em dias, talvez em semanas. Os que receberam a poção chegaram até lembrar e o adorar, mas aos poucos foram deturpando seu ensinamento, planejaram lucros, começaram a vender seus encantamentos, como um perigoso veneno.

conto enviado ao edital de literatura do PROEX.Não foi desta vez.

Silêncio.

by Marcos Felipe


Alguns realmente se importam a definir e seguir futilmente como lhe ensinaram a ser,algo não aprendido e não conquistado.Se desempenham a ser mera imagem de ídolos,seja dentro ou fora de certa casa.E assim passam esta melancolia urbana para seus descendentes.Uns tens algumas oportunidades,outros nem esta falsa felicidade,são excluídos por este mesmo sistema para dar sua vida em troca da alegria alheia,e não por opção,mas por serem obrigados,não criam suas histórias.Os ditos felizes se enunciam como pseudos-reis,apenas destroem,destroem e destroem.Destroem sua terra,sua vida e a alheia.Logo nascem novamente.

Se reiniciam para programar suas ”novas” aspirações.Apenas repetem aquilo que já foi,agora sobre outra roupagem.Manipulados e maniqueista aos vícios compartilhados,destoam com impunidades e desunião para si e para com o próximo,desaparecendo em experiências falhas e negativas por sua passagem terrena.Enobrecendo seus sentidos,poucos daqueles se veem a mudar ou refletir sobre sua desonrosa passagem na vida desconcertante que leva ou regrediu a levar.

Buscando caminhar com os olhos fechados,nos limitamos e não impomos para sua força completa,se desapegam de amor,do seu interior de luz divina e se entregam no furtivo marasmo da incoerente e deturpada liturgia da desonestidade e irracional de escravizar e auto-destruir participando do jogo pregado aos ventos da sagaz inquisitória maldição de olhar seus próprios pés,não observando o campo de opções positivas ao seu redor.

Logo essa incomunicabilidade ao bem-estar geral reflete seguido de sua desatenção às ações.Instaurando assim uma necessidade vaga de apenas se admirar ou concertar os erros de sua tribo ou áreas específicas que lhe cercam.A compreensão da sua falta de atenção se prescreve pela quebra do orgulho e progressão de si próprio,seja por meio da sabedoria ou de certa elevação espiritual,e até mesmo da união de ambos.

Pelo amor maior,da paz e consolação social,na justiça equânime e virtudes.

Talvez,alguém.

Ode

by Marcos Felipe

Estamos falando a mesma língua,espalhados por cada canto do mundo.

O desintegrar de uma vida social trocada por documentos com textos sem fins de lutas incansáveis.A disposição e atitude por verbos trocados e o não rodeio do léxico verbal pela bem melhoria geral e por uma postura digna e talvez ética dentro do que se é melhor para todos,feitos por pessoas de bem incansáveis para mudar o que se alastra no núcleo-centro da irracionalidade e corrupção do meio em que vivem todos.

Sabemos que o ser humano é ruim por si só,mas acreditando na ideia onde cada pode se tornar um todo onde o mal há de cair.Sem senhores,sem autoridades e com o máximo de respeito.Não somos lunáticos,semeadores do caos,chatos ou algo do tipo,só queremos o bem,somos todos heróis do milênio.

De cada ato e revolução,a cada marcha em laços de não aceitar o que foi proposto pela sua chantagem de escravidão.Apesar da não colaboração geral,não desistimos,sabemos que todos não são assim de fato,apenas esqueceram o quão são bons.

Nos faltam soldados,mas a pequena tropa impede o agir de todo grande império.Lutas são sempre perdidas,mas nossa guerra não tem fim até não termos a plena vitória e o verdadeiro bem-estar sem ter o medo de perder algo que nos é de direito.Não fazemos meras lutas,não fazemos derramamento de sangue,só queremos o melhor para todos,não apenas para uma minoria.

Nossa ”guerra” não envolve balas,são trocadas por palavras,por mais que nos façam a agir dessa maneira,empenhando grandes fuzis destruidor de toda filosofia do ser,mas não somos monstros feito seu aparelho de repressão que veste roupas pretas.Vivemos da luta 24hrs ,deixando um viver como todos para nos lançarmos a ganhar essa guerra injusta que vocês acumuladores e compradores da felicidade tanto insistem em realizar.

Mas nossa guerra não é burocrática,ensandecida e fanática.Temos nossas visões,alegrias,produções,artes,culturas,amizades - muitas passageiras - e nossos erros,que só cabe a cada um de nós.Ainda nos julgam por admiramos e protegermos a nossa natureza,esse é o nosso desenvolvimento,o bem-estar geral.

Tudo isso é algum crime comparado ao que fazem?Não.Nós apenas protegemos o que é nosso.Respeitamos cada cidadão,em todos os sentidos.Só não respeitamos a covardia que vocês o fazem.

Nossa música é produzida e contemplada em cada hora e minuto do dia,tocada pelo mundo em todos os segundos.Ela não é passageira,inspira o que a música realmente é - como diria nossos célebres - infinita.Viajamos pelo mundo e o conhecemos através de longas caminhadas,leituras e conexões.Fazemos parte do todo,das portas da percepção.

A arte no corpo representa o que somos.O cabelo emaranhado como longos fios de cânhamos,nossa pele como uma obra de Da Vinci,nossos artefatos metálicos ou caseiros em cada parte de lembranças nos recordam a história antes das invasões de cowboys impondo sua lei em nossa antropofágica vida ritualística de devaneios e desbravamentos,merecemos a chance de evoluir através de nós mesmos,sem a mesquinharia e egocentricidade da incapacidade mente humana em usar 10% da mente animal.

Produzimos um disco por dia,um filme por hora e enciclopédias em minutos.Isso é nossa rotina,é o não-tédio,não temos tempo para datilografar tudo,estamos em guerra,mas não só disso temos visões.Somos frutos da terra,da imensidão espacial,de uma lua não invadida e por um mundo sem dono carnal.

Prazer,disseram os visionários da busca em paz.

relembrando um velho relato.


Cada gota há uma lágrima.

by Marcos Felipe


Que vem e se vai
lembranças choradas e sorrissos
buracos nas chamadas
faltas vividas
que se deixou
e se foi
chegou e partiu
lágrimas roladas
da companhia que existiu
do ameno e contente
de tudo aquilo que não passou
da forma que veio
e um grande mal causou
com o tempo amenizado
mas sempre recordado
não se sabe por onde anda
dúvidas e incertezas
choros mortiferos para cada
aos dias
cada qual por um dia
cada qual por um segundo
que vem e se vai
que poucos desejam
e poucos nunca querem
esperamos que demore
e assim não nos aconteça
para refletirmos tão alegres
sem essa dor por perto
toda uma vida deixada
com história incalculada
sem biografia anotadas
sem filmes e regados
todos os dias
para cada um
deixando choros e saudades
em cada ritual de memórias
não se sabe o que acontece
quando neste já não reside
e a morte lhe sopre.
Que demore e demore.
Para mim ainda não venha
Nem para você.
Que não seja anônimo
quando da terra voltar
e ser futuro alimento.
Mentes,coração,terra e gelidão.
Assim se foi.
Na saudade de todos.
De menos um filho da terra.
Um filho perdido ou salvo.
Um filho jamais esquecido
Um filho desconhecido.
Um filho repetitivo.
Um filho desapegado.
Que assim demore.
No desprender da matéria.
RIP.



Paz.

desordem.

by Marcos Felipe


Seria bom,se tudo estivesse em ordem.Não em novas ordens desorganizadas,sim da ordem,ordem natural,orgânica e não material para todos,sem planos ou teorias,apenas sendo ordem,em equilíbrio.Uma ordem onde todos estivessem naquilo que lhe confortasse,sem choros e lágrimas,isso não é bom quando há tristeza.Chorar não resolve.Muito menos acomodar-se.

Uma ordem onde a alegria e prosperidade reinasse,sem ter alguém para reinar fisicamente,com risos e alegrias,isso é bom quando há felicidade.Sorrir resolve.Muito mais que agir.Uma ordem,sem tristeza ou alegria,sem choro ou sorrisos,apenas sendo,sendo aquilo que se definisse em harmonia,isso é bom quando há serenidade.Viver resolve.Talvez um tanto mais quanto sobreviver. Sem o batalhar dos opostos empíricos,sem bem e mal,apenas harmonia.

Sem a guerra,miséria,caluniação,manipulação,capitalismos,socialismos e estas formas de entristecer ou entediar.Sim uma grande comunidade,um grupo local global predominando a diversidade por transcender em felicidade e meditar nas diferenças igualando seus viveres,mas diferenciando em detalhes,abrindo um leque de possibilidades.

Um enorme campo aberto,animais sem competir,conhecendo mutuamente amplamente de lado a lado,mutualismo prolongado.Um espaço para fazer música,um samba fluente desconhecido,uma orquestra sinfonia da natureza,um set extenso com música eletrônica misteriosa e intensa.Todos dançando,sem erro ou um tal pecado.Em ampla EQUANIMIDADE.

Um pedaço de terra,com casa e uma família,sem esta criada para gerar lucro,uma família de verdade.Todos se conhecendo abertamente,respeito,semelhanças e extensa sincronia.Sem reza e vela.Um adorar e rogar à Deus,Deus que nos une e concede alegrias,Deus poderoso,que nos acalma e protege.Sem inimigos.Somente nosso Deus,este Deus que repassa tranquilidade,e nos dá conforto para vivermos.Deus não vingativo que muitos plantam.

Tocando uma música,sim aquelas músicas,que não fazem mal à ninguém.Que não desagrade a ninguém.Músicas enérgicas,que espalhem a dança,a excentricidade simples,sem extravagâncias,a recatada.Com bons quadros,desenhos nos muros e papéis.Pinturas minimas e tendenciosas ao elevar de espírito.Filmes roteirizados por cada um,e contemplado no fim da noite.Filmes em dimensões ilustres,reais e encantadoras.

Longas árvores nos canteiros,poucos fios pelas janelas.Muita alimentação e pouca enfermidade.Comunicações telepáticas,à milissegundos de caminhadas.Alegria geral,mas sem tédio.Tédio é algo que afeta os apressados.Sem pressa.Tudo sem rotina,algo novo dia pós dia.Sem notícias ruins,sem trabalhos destruidores e sem desigualdades problemáticas.Não novas ordens enigmáticas ou poderosas.

Ordens que estejam em todos,ordens naturais que não precisam ser seguidas,vividas com consenso geral.

Há estes lugares,por todas partes.Lugares difíceis de encontrar,mas perdido em cada canto. Em fazendas desertas,nos desertos e no pensar de cada dia.Devaneios.Em alegria e união com Deus.

Paz.

infanto.

by Marcos Felipe


Domingos irraciocinantes,uma aptidão ao deixar acontecer,perdido em diversos pensamentos não conseguindo focalizar apenas um sentido.Energias afloram diversivamente em várias direções,entre preocupações,diversões e entretenimentos,não produzo coisas intrínsecas.Coração parece não guiar a mente,apenas o deixa acontecer,não de forma natural como recordações,e sim com curvas de entendimento,não encontro nada em nenhum lugar.

Permaneço indiferente,buscando um núcleo centralizado.O acumular de sentimentos estabelece um desequilíbrio em forma equilibrada,aplico o não-pensar e sou o mesmo que tudo deste pequeno laboratório,uma simples vibração de energia.Soluções apresentadas são formas de se contradizer,explico o não-pensar mas reflito sobre os deveres do corpo físico.

Apenas a arte corre de mim,assim eu caço em todas trilhas.Rascunhos ignóbeis,desenhos imaturos,rabiscos inacabados e sem sentido.Um senso desqualificado,mas o envolvimento é nulo,então não estou errado,apenas fora do tempo.Distrações sonoras atrapalham dentro do meu universo paralelo,me desconheceram em outros sonhos.

O bom não me conforta,o mau me reprime e eu lhe repúdio,não estou em cima de muros e sim tentando derrubar as barreiras,não há fronteiras e nem limites quando movemos pela força do pensar.Letras me fogem,talvez eu não me recorde ao tempo que brincava com suas complexidades.

Faço parte do todo,do infinito,do luar e nascer,de árvores,céus,estrelas e afins.Absorvo sua energia cortada,folhas queimadas e ar destruído,grande parcela de culpa regada a mim mesmo,um jardineiro demagógico.

Em minha casa do campo sem cercas e demarcações,ela estabelece em meu interior uma calmaria perdida,me recolho nesta toca interior,sem nada para desalegrar,alegrar ou distrair,permaneço em inércia produtiva em não produzir asneiras delirantes e cansativas que só fazem destruir.Chamam de fuga,loucura,ilusão,ideologia e outras classificações ruins,mas apenas eu sei a definir minha doce casa do campo interior.
Sou o tudo e o nada,como tocaram por aí...

Energias furtivas e acolhedoras de um domingo subalterno e monótono,mas alegre.


(Relembrando,coisa antiga,de ano passado e estado espiritual diferente).